
Por Christian Marcel Klug, Gerente de Mercado da Vertical Jurídica da Benner
“A IA é a nova eletricidade. Assim como a eletricidade transformou quase tudo há 100 anos, a IA está começando a fazer o mesmo agora.”
Andrew Ng, Cofundador do Google Brain e Coursera
Nos bastidores dos departamentos jurídicos de grandes empresas, um desafio ganha cada vez mais força: como lidar com o crescimento exponencial do volume de processos e demandas, sem aumentar proporcionalmente o time e os custos?
Hoje, é comum encontrar operações jurídicas que precisam cadastrar, analisar e acompanhar milhares de processos por mês, muitas vezes com equipes enxutas e prazos apertados. Cada novo processo exige atenção, leitura, extração de dados e tomada de decisões. E isso, feito manualmente, consome um tempo precioso de profissionais que deveriam estar focados em questões estratégicas.
A pressão por eficiência operacional, redução de retrabalho e respostas rápidas é constante. O que antes podia ser delegado a áreas de apoio ou fornecedores hoje precisa ser resolvido com mais autonomia, mais agilidade e menos margem de erro.
É nesse cenário exigente que a inteligência artificial aplicada ao jurídico deixa de ser tendência e se torna ferramenta essencial. Mais do que uma inovação tecnológica, ela representa uma mudança de paradigma: tirar o profissional jurídico do excesso de tarefas operacionais e recolocá-lo no centro das decisões que importam.
Vivemos um momento decisivo para os departamentos jurídicos. Em conversa com clientes e parceiros do mercado jurídico, uma coisa é unânime: a pressão por mais agilidade e menos retrabalho está cada vez mais forte. Se antes a tecnologia era vista como suporte, hoje ela se tornou protagonista na busca por mais eficiência, agilidade e inteligência nas tomadas de decisão. E é nesse contexto que a inteligência artificial aplicada à gestão jurídica deixa de ser uma promessa futurista para se tornar uma realidade concreta e transformadora.
Como gerente de mercado da vertical jurídica, meu desafio diário é traduzir essas dores reais em funcionalidades que façam sentido na prática. O nosso compromisso é claro: levar a IA do discurso à prática. Ao automatizar tarefas operacionais repetitivas e trazer mais precisão para os processos decisórios, conseguimos liberar o jurídico para atuar onde ele é mais necessário: na estratégia, na análise e na atuação consultiva.
Na Benner, temos um compromisso claro: levar a IA do discurso à prática.
Nosso foco é desenvolver soluções que realmente transformem o dia a dia dos departamentos jurídicos. Isso significa automatizar rotinas operacionais, aumentar a confiabilidade das análises e libertar o jurídico para atuar onde é mais necessário: na estratégia, na tomada de decisão e na atuação consultiva.
Muitos ainda associam a inteligência artificial a algo distante. Mas ela já está em operação, com resultados reais e mensuráveis. Veja os principais casos de uso:
A IA realiza a leitura automática de iniciais e cadastra os processos diretamente do tribunal no sistema, sem intervenção humana.
O resultado é 100% de automação e até 90% de redução no tempo de cadastro.
Um cliente que recebe 5 mil processos por mês pode economizar milhares de horas mensais, tempo que antes era dedicado a tarefas repetitivas.
A IA interpreta documentos processuais como sentenças, acórdãos e movimentações, identifica eventos relevantes e atualiza o sistema com precisão e agilidade.
Além disso, gera resumos prontos para tomada de decisão, com mais segurança e menos esforço.
A IA analisa processos semelhantes para estimar probabilidades de ganho ou perda, sugerir acordos e fazer o provisionamento financeiro com base em critérios objetivos.
Isso significa mais previsibilidade, menos subjetividade e melhor controle de riscos.
Documentos complexos e volumosos podem ser analisados automaticamente. A IA identifica os pontos-chave, valida cláusulas essenciais como aquelas relacionadas à LGPD e a índices financeiros, e reduz drasticamente o tempo de leitura e revisão por parte do jurídico.
Com o apoio de IA generativa, é possível criar rascunhos de pareceres jurídicos com base em bases internas e externas. O advogado apenas ajusta e valida.
Mais agilidade e mais padronização.
A IA realiza buscas por jurisprudência e ranqueia os resultados com base na performance de êxito, otimizando a preparação de defesas e petições.
Adotar inteligência artificial no jurídico não é só sobre tecnologia. É sobre cultura, processos, segurança e confiança.
Por isso, cada funcionalidade desenvolvida pela Benner tem como base uma escuta ativa com nossos clientes. Trabalhamos com testes práticos, melhorias contínuas e uma construção colaborativa, focada em resultados reais.
“Estamos construindo nosso roadmap de inteligência artificial junto com os clientes, ouvindo suas necessidades e priorizando desafios reais do dia a dia jurídico. Acreditamos que a evolução da IA deve ser guiada pela aplicação prática e pelo impacto direto na rotina dos usuários.”
Christian Klug
A inteligência artificial não vem para substituir o advogado, mas para amplificar seu papel como analista, consultor e decisor estratégico.
É isso que significa Be the Future na prática: usar o que há de mais avançado em tecnologia para transformar o presente do jurídico.